Se não ouviste um “Sim”… então, é um “Não!”

Numa noite de festa, entre danças, copos e gargalhadas, os limites podem parecer difusos. Mas há algo que nunca pode ser ambíguo: o consentimento. Consentimento não é apenas a ausência de um “não”. É a presença clara e inequívoca de um “sim” livre, entusiástico e consciente. Se essa resposta não existe — por hesitação, silêncio, medo ou incapacidade de responder — então não há consentimento. E sem consentimento, não há espaço para avançar.

🧠 “Mas parecia que queria…” — não chega.
O consentimento não se adivinha, não se supõe, não se interpreta por gestos ambíguos. Não é automático por causa de um namoro, uma conversa, uma dança, ou um beijo anterior. E definitivamente não é válido se a pessoa estiver sob efeito de álcool ou outras substâncias, a dormir, inconsciente ou em qualquer estado em que não consiga dar uma resposta livre e informada. O "sim" tem de ser claro. O tempo todo. E pode ser retirado a qualquer momento.

❤️ Respeitar é o mínimo.
Numa sociedade que está, felizmente, a aprender a falar mais sobre consentimento, é fundamental lembrar: respeitar o corpo, o tempo e a vontade do outro é sinal de maturidade, empatia e humanidade. Não se trata de ser “politicamente correto” — trata-se de ser humano, consciente e responsável.
E lembra-te: também tens o direito de dizer “não”, mesmo que já tenhas dito “sim” antes. O teu corpo e as tuas escolhas são teus.

No Ensino Superior, onde tantas experiências novas acontecem, temos também a responsabilidade de criar ambientes seguros, inclusivos e respeitadores. Isso passa por abrir espaço para conversas sobre limites, consentimento e bem-estar. Passa por cuidar de quem está ao nosso lado.

Estamos aqui para lembrar: se não ouviste um “sim”... então, é um “não”. Sempre.

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